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segunda-feira, 8 de março de 2010

CONCEPÇÃO E ABORTO - APENAS UMA REFLEXÃO...

CONCEPÇÃO E ABORTO

APENAS UMA REFLEXÃO...
(Pr. Renato Alves Neves)

É impressionante como o tema "vida" é objeto de inesgotáveis estudos, especialmente depois do surgimento da nova biologia, da teoria do caos e das ciências da complexidade. A visão “darwiniana” que estudava a vida somente a partir dos organismos vivos e da biosfera, está mais do que superada e sem credibilidade alguma, porém não é o que acontece com os conceitos dos segmentos humanistas e anti-cristãos que formam a opinião publica mundial (ou pelo menos tentam) principalmente do ponto de vista científico.



Do ponto de vista eclesiástico precisamos como igreja nos posicionar de maneira objetiva e clara, sem rodeios.



Precisamos estudar, pesquisar para adquirirmos conhecimento e então poder entrar na discussão da vida em todos os seus pressupostos cósmicos, físico-químicos, e tratarmos objetivamente a consideração quântica dos campos e redes de energia sem os quais não se entende a vida.



A tendência atual dos pesquisadores e cientistas é ver a vida apenas como uma expressão de todo o processo evolutivo.



A cultura criacionista, (nossa cultura) parece ser ridicularizada diante da cultura evolucionista e por isso, ao alcançar certo grau de complexidade e estando longe do equilíbrio (certo nível de desarranjo de uma ordem dada), sugere a vida como auto-organização da matéria e é incutida (a meu juízo de maneira maligna) no contexto mundial.



Sempre que isso ocorre, em qualquer parte do universo, a vida eclode perigosamente como um mero imperativo cósmico.



É importantíssimo ressaltarmos, pontuarmos e deixarmos bem claro, que a vida é dom de Deus (Gênesis 1 e 2; Salmo 8); cremos no Deus Criador! Aleluias!!!



Quando se fala sobre o início da vida, ela começa no momento da concepção, em que óvulo e espermatozóide se encontram. Assim sendo, mulheres que optam por realizar um aborto estão cometendo um atentado contra uma vida em potencial.



É preciso entender a definição de vida entre um embrião ou feto e uma mulher...



O feto, não é prolongamento do corpo da mulher, como o cabelo, a unha...



Precisamos inserir a vida no processo global da evolução, não podemos nos contentar com essa visão simplória assumida oficialmente pela Igreja Católica nos dias atuais.



Segundo Leonardo Boff, (Teólogo católico) na Idade Média não era assim, pois para Tomás de Aquino a humanização começava apenas após 40 dias da concepção. A Igreja Católica, para efeito de sua ética interna, pode estabelecer um momento da concepção da vida humana. Mas ela deve estar consciente de que está entrando num campo no qual não tem competência específica, o campo da ciência. Pior é que biblicamente falando o assunto é muito mais sério.



Se entendermos a vida simplesmente como um processo cósmico que culmina na fecundação do óvulo, então devemos cuidar de todos os processos necessários para a emergência da vida, como a infra-estrutura ambiental e social.



Precisamos de posições firmes e objetivas. Reafirmarmos contrários à prática do aborto, bem como, se posicionar que a vida é um dom de Deus e ela precisa ser preservada e dignificada desde a sua concepção até à morte.



Consideremos de extrema importância proporcionar à mulher uma educação sexual, renda familiar justa, acesso ao controle de natalidade (não abortivo) e suporte digno ao ato maravilhoso de “dar à luz”.



Pressupõe o aborto em caso extremo, quando estiver em jogo a vida da mãe, pois, esta deve ter condições para ter mais filhos ou filhas e deve, também, ter chance de cuidar de filhos ou filhas já existentes e que dela dependem para sua sobrevivência.



Não podemos admitir a possibilidade do aborto também nos casos de estupro, pois, por mais traumático que possa ser, mesmo que à mesma não foi dada à chance de optar ou não pelo ato sexual, entendo que contraria o espírito da Palavra de DEUS, pois a vida é um dom de Deus, e o feto é conseqüência da vontade de DEUS.



É bom que isso fique bem claro. O ato (com permissão da mulher ou não) é de vontade humana. O milagre da vida é exercício da vontade de DEUS.



Poderíamos admitir a interrupção da gestação em casos em que a medicina comprova a inviabilidade da sobrevivência do feto, como é o caso da anencefalia (feto sem massa encefálica, que só permanece vivo enquanto nutrido pelo corpo materno).



Precisamos em nossas igrejas, assumir uma educação para a vida. A defesa da vida inclui uma totalidade de situações que precisam ser analisadas à luz do evangelho nos termos da mensagem de Jesus: “Eu vim para quem tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10).



O tema “descriminalização do aborto”, que está sendo tramitado no Congresso Nacional, é da mais alta relevância e precisa ser trabalhado tanto nos aspectos científicos, éticos, morais, sociais e do ponto de vista da saúde pública e sempre na perspectiva da ética do Evangelho de Jesus Cristo.



Tudo o que concorre para o surgimento da vida deve ser objeto do cuidado por parte de todos.



Todos os seres, especialmente os vivos, são interdependentes. Não dá para pensar a vida humana fora do contexto maior da vida em geral, da biosfera e das condições ecológicas que sustentam o processo inteiro. “Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.” (Salmos 139:6)



Tais conhecimentos mal são evocados no debate atual.



Quanto ao mais, devemos entender a vida humana processualmente. Ela nunca está pronta. Lentamente vai desenrolando o código genético que conhece várias fases, até que o ser concebido ganhe relativa autonomia.



Mesmo depois de nascidos, nós não estamos ainda prontos, pois não temos nenhum órgão especializado que assegure nossa sobrevivência. Precisamos do cuidado dos outros, da família, da igreja, do trabalho sobre a natureza para garantir nossa sobrevivência.



Estamos sempre em gênese. Todo esse processo é humano. Mas ele pode ser interrompido numa das fases. Isso quer dizer, ocorre a interrupção de um processo que tendia à plenitude humana, mas que não foi alcançado.



Nesse quadro pode ser situado o aborto.



Devemos proteger o mais possível o processo, mas devemos também entender que ele pode ser interrompido por razões aleatórias ou pela determinação humana.



Esta não é isenta de responsabilidade ética. Mas ela deve atender ao caráter processual da constituição da vida até alcançar a autonomia. Não é uma agressão ao ser humano propriamente dito, mas ao processo que tendia constituir um ser humano.



Concluo chamando a atenção dos amados para que venhamos a orar mais e buscar na Palavra de DEUS resposta para esta e qualquer outra questão de nossas vidas...



Pense nisso: “A vida é dom de Deus!”



Rev. Renato Alves Neves