Seja Bem Vindo!

Que DEUS no exercício de Sua Infinita misericórdia possa falar ao seu coração de maneira
especial através das mensagens que você lerá neste espaço.

Meu desejo é que você seja ricamente abençoado com Palavras de Alegria,
Unção, Poder, Incentivo e Fé...

Que haja sempre a Presença de DEUS em sua vida!!!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DO PASTOR RENATO NEVES - ANO 2010

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES PASTORAL Apresentado a Assembléia da
Igreja Metodista Mesleyana em 
Santa Cruz da Serra – Rua Vinte
No dia 05 de dezembro de 2010

“Mas agradeçamos a Deus, que nos dá a vitória por meio do nosso Senhor Jesus Cristo! Portanto, queridos irmãos, continuem fortes e firmes. Continuem ocupados no trabalho do Senhor, pois vocês sabem que todo o seu esforço nesse trabalho sempre traz proveito..”
(I Co. 15:57-58 )
Pastores Adilson e Osmar,
Presbíteros Amigos,
Irmãos e Irmãs,
Em dias em que pela graça de Deus queremos todos, fazer discípulos e discípulas cumpro meu dever de relatar a esta Amada Igreja, nesta Reunião de Assembléia Local, conforme prescrevem os Estatutos da Igreja Metodista Wesleyana, as atividades pastorais a mim confiadas pela Igreja, e os Atos de Pastoreio realizados enquanto Pastor da Igreja Metodista Wesleyana em Santa Cruz da Serra, Rua 20.
Faço isto com o coração agradecido a Deus, à Igreja Metodista Wesleyana, a minha família, e a toda liderança regional. Em especial ao saudoso e inesquecível, Amigo Bispo Onaldo Rodrigues Pereira, que sempre confiou em mim me proporcionando nomeações da mais alta responsabilidade.
A Deus seja a glória, o louvor e a honra por tudo que conseguimos realizar.
I) Nosso momento histórico
Decidi não me estender muito neste relatório; por isso apenas apontarei aspectos da realidade que nos cerca.
Mudanças profundas estão acontecendo em todas as áreas da vida humana. Da família a organização do Estado, nas empresas de toda ordem. E todas elas afetam nossas igrejas em maior ou menor escala. Não temos como escapar dessa dinâmica. A velocidade dessas mudanças nos atropela; despreparados, ficamos na defensiva, correndo o risco de sermos atropelados pelos fatos. Não é isso que queremos. Paulo recomendou: “transformar-nos pela renovação da nossa mente, para experimentarmos a boa e agradável vontade de Deus.” Entendo que seja nosso dever como Igreja, em meio à revolução tecnológica, e todas as mudanças que estão ocorrendo, examinar tudo e reter o que é bom, para a expansão do Reino de Deus.
Destaco alguns aspectos básicos destas mudanças:
1) A revolução da tecnologia da informação e da comunicação, em especial a internet, trouxe com a transferência praticamente instantânea de imagens, conceitos e idéias, fazendo de nosso mundo uma pequena aldeia.
2) Como o capital governa, a tendência é a concentração da riqueza nas mãos de poucos países, e o aumento da miséria e marginalização de muitos. As regiões mais pobres estão sendo deixadas para trás, aumentando a fome, enfermidades e a violência; isso é muito real em vários países da África e mesmo de nossa América Latina.
3) O Brasil entrou neste processo atrasado, e sem grandes investimentos em pesquisa, estamos comprando tecnologia, recursos financeiros, e pagando caro por isso. Nossas lideranças políticas não nos fazem otimistas, a corrupção e o fisiologismo político danificam nossa democracia. Vemos no Brasil e no mundo contemporâneo a falência das ideologias; o que vale é produtividade e sucesso, não importa a moral e a ética, mas, sim o lucro, a vantagem; milhares estão morrendo por causa disso.
4) Vivemos em guerra; a violência tem sido a opção de muitos da família, das grandes nações; não se experimenta o diálogo e o amor. Todos somos vítimas da marginalização econômica, vivemos ilhados com grades nas janelas e portas, mas ainda, sim, o sangue de inocentes corre no complexo do alemão, às ruas de Bagdá. Estamos nos acostumando a isso, o que é trágico.
5) A terra geme, o aquecimento global, o risco do desaparecimento de várias espécies de animais e plantas, o meio ambiente, enfim, estão morrendo, e nós com ele. O sistema do agro-negócio está destruindo a terra e o meio ambiente, mas, como dissemos, é o capital que governa. Uma séria reforma agrária poderia ser instrumento para um desenvolvimento sustentável e ecologicamente correto. Somos mordomos da criação, temos que assumir um papel mais audacioso nesta área.
6) A religião sempre ocupou um lugar central na vida humana; note-se que a praça, desde a idade média, passando pelo Brasil colonial, era composta da igreja, do outro lado, o palácio do príncipe ou nobre qualquer (senhor feudal), no Brasil colonial, da representação do governo, prefeitura e câmara, mais tarde. O cidadão tinha clara esta divisão, vida cotidiana temporal e vida espiritual, o transcendente e o futuro escatológico. No meio da praça, a feira, onde se comprava e se vendia o necessário à vida cotidiana. Hoje, tudo se confundiu. O religioso ocupa como cúmplice não como profeta o palácio, e ambos se corrompem para obter lucro no mercado, na feira. O governante não garante mais o bem-estar do povo, o comerciante sofre ameaça e opressão e se rende ao suborno, e o religioso deixou a escatologia de lado, a salvação das almas, pela sua prosperidade econômica. Com honrosas exceções.
Bem, este é um quadro breve, e por isso tem lacunas, mas ainda assim nos defronta com vários elementos do cotidiano da Igreja; é neste meio que ela precisa ser sal da terra e luz do mundo.
II) Quem somos nós e para onde vamos?
A Igreja é de Deus
1. Um só Senhor! Uma só Igreja!
Quando nos reunimos em uma Importante reunião administrativa como esta, chega a nós a pergunta: De quem é a Igreja? Sim, num tempo em que quase tudo é decidido em termos de valor monetário e posse, esta pergunta surge diante de perguntas como: De quem é esta Igreja? De quem é este ministério? Sim, as Igrejas têm dono, como os ministérios também. Dizemos: Eu estou na Igreja do pastor fulano. Eu participo do ministério do apóstolo beltrano. Gostaria de reafirmar que, entre nós, metodistas wesleyanos, não é assim. A Igreja Metodista Wesleyana da Rua 20 não é do Pr. Renato Neves, graças a Deus!
2. Por razões bíblico-doutrinárias, nossa afirmação segue o ensino de Jesus: “Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16.17-18). Assim, Jesus deixou claro: a Igreja é dEle. Na declaração da profissão de fé na cerimônia de recepção de membros diz: “vos unirdes à Igreja do Senhor Jesus Cristo”. Assim, devemos superar a contradição dos tempos modernos, que equiparam a Igreja às instituições humanas e nada santas, em favor de uma dimensão bíblica e espiritual.
3. A conseqüência é que, se a Igreja é de Deus, Ele, na pessoa de seu Filho Jesus, é o Senhor da Igreja. E isso é uma confissão de fé. O apóstolo Paulo diz da seguinte maneira: “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” (1 Co 3.11).
III) Das áreas de ação da Igreja Metodista Wesleyana
Este ano há de ficar na história de nossa denominação como um ano de profundas modificações. Entendo que em todas as mudanças prevaleceu a Soberana Vontade do nosso Bondoso DEUS. Logo no início do ano, recebemos a informação da piora na saúde do nosso Bispo Onaldo, em março chegou para nós a triste notícia de seu falecimento, porém o céu com certeza estava em festa, pela chegada de um campeão...
Com isso, tivemos que realizar em carater extraordinário o Concílio Geral 2010, sob convocação do presidente do Concelho Geral, Revmo. Bispo Elisiário Alves dos Santos.
Atendendo esta convocação, participamos e presenciamos o surgimento de mais duas regiões eclesiásticas, nasceu a sexta região (com os distritos: Bangu, Barra do Piraí, Barra Mansa, Campo Grande, Grajaú, Jardim América, Jacarepaguá, Nilópolis, Nova Iguaçu, Resende, São João do Meriti e Volta Redonda) e a região do nordeste. (Aracajú, Caruaru, João Pessoa, Teresina, Recife, Natal e Macapa) A primeira região agora passa a ter uma nova configuração. (Cabo Frio, Campos, Duque de Caxias, Itaipava, Macaé, Mantiquira, Niterói, Nova Friburgo e Petrópolis.)
Mesmo com as profundas e significativas alterações, nossa vida eclesiástica, mantem-se firme através dos diversos ministérios, que nos coloca em cinco diferentes áreas de ação: Pastoral, Social, Administrativa, Educação Cristã, e Expansão Missionária.
Este relatório terá um resumo sintético de cada Área.
1) Da Ação Pastoral
1.1) Ser pastor é um privilégio. Como é de costume, preciso começar com uma reflexão sobre esta nobre tarefa; nosso verso inspirador é: “... e quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra...” (At 6.4). Esta decisão de Pedro e dos apóstolos, que antecedeu a eleição dos diáconos, deu qual o tom prioritário do ministério pastoral: manter constante intimidade com Deus em uma vida de oração incessante e profunda, conduzir o rebanho de Deus pelos caminhos da Palavra fazendo deles discípulos e discípulas de Cristo.
1.2) Assim, nesta breve reflexão, preciso deixar claro o que é o ministério pastoral. Qual a sua tarefa? Atenção! Não estou falando das atribuições canônicas estatutárias, ainda que importantes. Quero falar das expectativas de Deus expressas em Sua Palavra.
1.3) Temos falado insistentemente em líderes, em formar líderes espirituais; nossos paradigmas caminham até a comparar pastores como gerentes. Denuncio isso como um risco muito grande, pois trata-se de uma possível rendição da Igreja ao mercado, ao neoliberalismo econômico, onde as instituições estão a serviço do mercado. Deixem-me dizer com clareza: Este não é um modelo para a vocação pastoral!
1.4) Nós precisamos de homens chamados por Deus, dispostos a dar a sua vida pela missão. Não rejeitamos a competência, o senso organizacional, a capacidade de liderança. Mas queremos privilegiar o carisma pastoral, do servo de Deus, que está disposto a dar a sua vida pelo rebanho. Nosso modelo é JESUS e seu ministério junto ao povo, e não Bill Gates ou outros empreendedores bem sucedidos.
1.5) Sou pastor junto ao rebanho. O grande motivo pelo qual atendemos o chamado de Deus não é o de ter um emprego, mas o de ter uma missão espiritual, de ser pastor junto ao rebanho de Deus, a Igreja do Senhor.
1.6) O primeiro aspecto que destaco é quando Paulo diz aos presbíteros de Éfeso: “Olhemos por todo o rebanho”. Ser pastor, então, não é se colocar num pedestal, frente ao púlpito, debaixo de focos de luz, como um astro que se apresenta perante uma platéia, a qual o aplaude, e algumas vezes o idolatra, e, ao mesmo tempo, nos bastidores, viver para atender seus interesses, e até seus desejos carnais. Este modelo de pastor show man, não é o nosso, porque não é bíblico.
1.7) Nossa posição no púlpito, junto ao altar, nos dá uma posição de influência poderosa sobre a vida das pessoas de nosso rebanho, o que é de uma grande responsabilidade! Em geral, elas nos vêem falando em nome de Deus.
1.8) João Wesley se refere a este olhar pelo rebanho, dizendo o seguinte: “Os ministros devem ir na frente (como é o costume dos pastores orientais até hoje) e guiá-lo em todos os caminhos da verdade e da santidade; precisam alimentá-lo com as palavras de vida eterna”; nutri-lo com o “puro leite da palavra”; aplicando-o continuamente à doutrina; ensinando-lhe todas as doutrinas essenciais contidas na palavra; “para chamá-lo à ordem”, admoestando-o se houver algum desvio do caminho para a direita ou para a esquerda; “para corrigi-lo”, mostrando-lhe como endireitar o que está errado e trazê-lo de volta ao caminho da paz; para “instruí-lo na justiça”, treinando-o na santidade, “até que venha a ser perfeito, até que alcance a medida da estatura da plenitude de Cristo”.
1.9) Eles têm de “velar pelas vossas almas como aqueles que hão de dar conta das mesmas”. “Como aqueles que hão de dar conta!” Quão indizivelmente solenes e terríveis são essas palavras! Possa Deus escrevê-las no coração de todos os guias de almas!”(Sermões: Sobre a obediência aos pastores”, I, 4-5 (J, VII, 110).
1.10) A segunda questão é que esta obra de cuidado do rebanho foi dada a nós, pastores. Isso nos obriga a descer do púlpito, e a nos misturar com o rebanho. Vivemos um tempo de ênfase no discipulado; e discipulado é estilo de vida, é convivência com o rebanho, precisamos nos expor ao rebanho, o povo de Deus precisa saber e ver como é nossa vida como cidadãos, como filho, como esposo, como pai. Não temos como fugir: o pastor é uma figura pública. As verdades eternas que pregamos, precisamos demonstrar como vivê-las no dia-a-dia. É inócuo o velho jargão: “Não olhem para mim, olhem para Jesus”. Não adianta, eles vão continuar olhando para você.
1.11) Quem não aceita essa exposição pública não pode ser pastor. Precisamos ser modelos para o rebanho, e isso não acontece no privado, mas no público, na exposição do cotidiano.
1.12) A terceira questão é a de saber que esta vocação é acompanhada de uma honra. Sim, que imensa honra é ser embaixador de Cristo. Sermos instrumentos para a conversão e a salvação de vidas! Portanto, não confundamos esta honra com orgulho e auto-promoção, querendo aparecer no lugar do Senhor. Nosso anseio deve ser por estar onde necessitam de um ministro de Cristo, onde há uma alma atribulada, uma família enlutada, uma vida sem Deus. Há tantas vidas perdidas, oprimidas, escravizadas, enfermas, carentes de toda ordem, esperando por uma palavra vinda de um embaixador de Cristo, que é você, que somos nós. Mãos à obra, meus irmãos e irmãs, é nobre a tarefa que Deus colocou nas nossas mãos.
1.13) Um quarto aspecto que eu quero sublinhar nesta breve reflexão é que, do mesmo modo como ser pastor é se envolver no meio do rebanho, ser pastor é estar permanentemente e definitivamente envolvido com Deus, orando em todo o tempo. Nossa alma apegada a Deus, transpirando no poder do Espírito Santo. Ele, e somente Ele, nos faz pastores; portanto nos rendamos a Ele.
1.14) Gostaria de afirmar aos amados irmão que estou muito feliz com o ministério pastoral. Em uma particular avaliação da igreja e pastor, creio que a aprovação esta maior do que 90%. Embora eu saiba que ainda há poucos casos em que eu não consegui atender as expectativas de algumas ovelhas. Porém identifico isto pela estagnação de situações e desdobramentos geralmente ligados ao apego ao pecado, ou até mesmo ao desanimo. Todavia, reafirmo que são poucos os casos nesta situação; e informo que estamos desafiando as ovelhas deste rebanho a juntos mudarmos este quadro.
1.15) Ademais disso, temos em pleno andamento, de forma embrionária, os grupos pequenos de discipulado, que, como sabemos, gera maturidade cristã, através do estudo da Palavra, da oração e do testemunho. Consideremos que a visão é de fato uma resposta a ordenança de Jesus à Igreja: “IDE E FAZEI DISCÍPULOS DE TODAS AS NAÇÕES” (Mt 28.18-20).
Dados do Desenvolvimento em 2010:
·         Crescimento de 12% este ano no total de membros:
·         Total de membros ativos ano 2009 = 568
MEMBROS RECEBIDOS:
·         Batismo = 19
·         Transferência = 7
·         Reconciliação = 5
·         Adesão = 37
·         TOTAL = 68
MEMBROS AFASTADOS:
·          Igreja triunfante = 02
·          Transferência = 00
·          A pedido = 09
·          Abandono = 00
·          TOTAL = 11
·         Hoje, estamos com 625 membros no Rol líquido.
NOSSOS CULTOS E REUNIÕES: A exemplo do ano de 2009, Deus nos honrou e abençoou em todas nossas reuniões. Todas as reuniões de Domingo, foram marcadas por um profundo mover de Deus e um derramar de unção e poder.  Agradeço desde já, aos que contribuíram com ministrações ungidas, de louvor e adoração e também de Palavra. Nesta parte destaco a participação do nosso Presbitério. Deus esta a cada dia levantando pregadores profetas cheios da Presença do nosso DEUS, também aos Prs. Osmar Moura, Eliseu Gomes, Brivaldo Vasconcelos, Sergio Machado, Marquinhos Menezes, Marcos Melquizedech, Vitor Claveland Jr., Marcos Machado, João Machado e Missionários Rejane, Marcelo, Magno e Jânio, que abrilhantaram mais ainda nosso púlpito com palavras vindas do coração de DEUS. Confesso que a cada culto, realizado aqui nesta igreja, sempre sou surpreendido, verdadeiramente, Deus tem operado em nosso meio.
·         Nos Cultos de Estudo das terças: Mantivemos as características para estes dias marcados com a preocupação de buscarmos mais e mais do Espírito Santo de DEUS em nossa vida e na vida da Igreja. Com certeza estas reuniões têm contribuído e muito para o crescimento espiritual do ponto de vista individual e coletivo. Este ano estudamos os Livros de Salmos, Hebreus, Oséias, Epistolas de João, e assuntos específicos como Alianças Bíblicas e Oração na Batalha Espiritual.
·         Nos Cultos de Quinta: Mantivemos com campanhas de oração e unção com óleo.
·         Reuniões Administrativas: Louvo a Deus, pelas reuniões de caráter administrativo, de nossa Igreja. Realizamos dez reuniões da Junta Diaconal, em caráter oficial, todas as reuniões com córum que disciplinou a vida financeira de nossa Igreja de maneira brilhante e ungida.
·         Nossa Congregação Sílvio Lopes: Com a Liderança e a administração do nosso Amigo Pr. Adilson Couto, nossa Congregação superou as dificuldades com muito brio e determinação. Procuramos acompanhar, mas sem interferir na administração do Pr. Adilson. Sempre nos colocamos a disposição dele e ele sempre nos atendeu com muita dedicação e presteza.
COTAS ORÇAMENTÁRIAS: Como Pastor, no uso de minhas atribuições, tenho sido cuidadoso no comprimento das referidas cotas, alertando a Junta Diaconal deste compromisso com a Secretaria Regional de Finanças. Honramos fielmente este compromisso. Louvado seja Deus!!!
ATIVIDADES NORMAIS (VISITAS, REUNIÕES E CERIMÔNIAS): Realizei visitas a membros periodicamente. Realizamos muitos atendimento em gabinete, não só membros de nossa Igreja, como também de outras igrejas irmãs. Mative em prática o CDP, com contatos periódicos aos líderes e membros da Igreja. Realizamos quatro cerimônias de casamento. Realizamos três cerimônias de batismo neste ano.
DEPARTAMENTOS ATIVOS: O crescimento dos departamentos foi significativo e creio que o que fora plantado este ano também há de germinar, em 2011, não só pelo surgimento de novos líderes, pelo fato de ter crescido o interesse e o AMOR a obra de Deus.
AÇÃO SIGNIFICATIVA DOS MINISTÉRIOS:
·         Ministério de Louvor e Adoração: Neste ano superou as espectativas e desenvolveu sua atividade com muito amor, brilhantismo e responsabilidade. Isso ficou evidenciado com o Musical: “Da Adoração ao Milagre”.
·         Ministério de Intercessão: Mas um ano vitorioso e ativo. Com certeza, a base para o atual sucesso de nossa Igreja o que nos dá a expectativa de um sucesso ainda maior para o ano de 2011, em nossos planejamentos e projetos.
·         Ministério GCEU: com o desenvolvimento sistemático de reuniões nos lares e acompanhamento daqueles que necessitam de uma maior atenção. Queremos ampliar as atividades do GCEU
·         Ministério de Ação Social; Desenvolveram de maneira brilhante suas atividades, que cuminou com uma atividade de ação participativa, passando um domingo todo na Igreja. Muitas famílias são abençoadas de maneira especial e providencial. Avançamos muito nesta área e podemos avançar mais. Parabéns.
·         Ministério de Evangelismo; Precisamos reativar este setor de nossa Igreja e minha espectativa é que este ano que se finda, semeamos para consolidação de planos e idéias, em 2001, avançaremos, cresceremos e proporcionaremos um crescimento significatvo para o rebanho da IMW Rua 20!!!
·         Ministério de Artes Cênicas; Outra grata surpresa para nossa Igreja. Qe equipe maravilhosa. Quantas contribuições inesquecíveis em nossos cultos... Tem tudo para crescer muito mais... Glória a DEUS!!!
·         COPLAMA: Realizamos um abençoado culto de conscientização missionária, tenho convicção que em 2011 nossa visão missionária, será ainda mais ampliada. Já estamos comprometidos com o crescimento de nossa Igreja nas Missões Indigenas, somos mantenedores de dois Missionários, o André e o Magno. O André trabalha com os Tikunas e o Magno implantando Igreja no Peru.
·         Ministério da Família; Um avanço maravilhos e incomparável neste ano aqui em nossa Igreja. Com atividades específicas que fizeram parte do cenário de destaques, marcaram famílias restaurando, em alguns casos, casais manifestando a Presença do Nosso DEUS!!! Creio que o que começou como um setor dentro do departamento de Jovens, há ser mais maravilhoso ainda, passando a ser um Ministério de atividades para toda a Igreja...
MELHORIA NO PATRIMÔNIO:
  • Foi modificada a calha central do templo, pois a antiga vazava demais. 
  • Foi aberta uma parede entre duas salas e se tornou uma unica sala, ficando assim 03 salas no segundo andar.  
  • Foi realizada a parte elétrica do predio anexo.
  • Foi realizada uma reforma na secretaria, pois houve uma infiltraçao nas paredes.
  • Foi realizado o nivelamento frontal do templo e colocado telhas colonias.
  • Foi realizada pintura externa de todo templo.
  • Foi providênciado um painel com 58,5 mts(2), com o nome da Igreja, com uma estrutura de tubo galvonizado para a colocaçao da lona.
  • Colocou-se uma nova central de alarmes com um total de 10 saidas, aumentando-se assim a quantidade de sensores o que provocou a troca do sistema de discador para controle remoto.
  • Colocou-se 06 extintores distribuidos entre o templo e as salas.
  • Pintura interna do templo. 
CONCLUSÃO:
Mas uma vez reafirmo: “É rica e importante a história da Igreja Metodista Wesleyana em Santa Cruz da Serra, Rua Vinte.”
Neste ano não só fiz parte desta história, como protagonista, mas também ganhei um título novo: Pastor da Família. Já tinha outros, Pastor de Jovens, Pastor do Louvor e da Adoração, Pastor de Adolescentes, mas ao longo deste ano, surgiu este Pastor da Família, com isso nunca tinha sido tão procurado, com a honrosa missão de aconselhar maridos, esposas, filhos, casais... Não só de nossa Igreja, mas de outras igrejas e pasmem os irmãos, até outros pastores tem me procurado...
O compromisso, a fidelidade e o amor pela causa esperam muito de cada um de nós.
É necessário olhar para o futuro, aprendendo com as lições do passado, sendo sensíveis ao sopro do Espírito Santo e interpretar com clareza a realidade que nos cerca. O Evangelho espera muito de nós, pois é o amor encarnado de Jesus Cristo, que nos liberta, capacita e nos envia em missão.
A Igreja Metodista Wesleyana deposita em nossa vocação a marca de sua existência, através dos atos decisórios dos nossos Concílios e dos documentos que norteiam o nosso caminhar.
Que todos nós possamos afirmar como John Wesley: “O melhor de tudo é que Deus está conosco”. Expresso a minha gratidão, pelos seguimentos abaixo relacionados, que não têm medido esforços no sentido de fortalecer a minha caminhada pastoral:
À Igreja Metodista Wesleyana: na pessoa do saudoso Bispo Onaldo Rodrigues, e também ao atual Bispo da Primeira região Bispo Elisiário Alves dos Santos, que tem me acolhido e depositado confiança na função de Pastor para a qual tenho sido designado; Agradeço em especial ter sido escolhido pelo Bispo Elisiário para representar a Igreja Metodista Wesleyana nas reuniões com lideranças das Igrejas de origem Wesleyana e também como Lider regional de Intercessão, grande honra, grande responsabilidade.
Ao Superintendente Distrital: Revº Sérgio Luiz Machado, grande amigo, que tem desempenhado suas fuções de maneira brilhante, sábia e ungida, sem medir esforços na assessoria e na condução do distrito para que os atos decisórios do conselho regional alcancem de forma clara a Igreja e proporcione ao Distrito uma maior união. Mais uma vez neste ano me honrou como secretário dos pastores do distrito, trabalhando ao seu lado;
Ao Presbitério: Pr. Osmar Moura, (2º vice-presidente) Pbs. Luciano Rodrigues Barbosa, Davi Franklin Guedes Tardin (1º Secretário), Francisco José Soares, Renato Claudio Rangel, Joaquin Nunes do Amaral, Celso Nazareno e José Bonifácio de Souza Simplício, pela paciência e o esforço na compreensão das orientações pastorais, no sentido de sermos um corpo que vise a unidade e o fortalecimento do nosso compromisso com Deus; obrigado pela dedicação e pela fidelidade e pela lealdade... Este ano ficou mais marcado, mais consolidado. Amizade, sinceridade, são palavras comuns em nosso meio. Mesmo que elas não sejam ditas, mas são expressadas por ações, por atos...
Á Junta Diaconal: que com muita dedicação e fidelidade, abraçou nossos projetos, nossos sonhos e possibilitou a vitória, passando por muitos desafios; O que fora proposto, foi cumprido. Realizamos este ano dez reuniões ordinárias, ao longo deste ano de atividades.
Aos líderes de uma maneira geral, líderes de ministérios e departamentos: Todos vocês foram importantíssimos e deram uma significativa parcela de contribuição para chegarmos até aqui vivendo este excelente momento de nossa igreja. Estamos vivendo um clima de grande harmonia, paz, amor e muitas vitórias.
Ao Pastor Adilson Couto e sua Linda Família (Rejane, Gabriela e Rafaela) que tão carinhosamente nos recebe e sempre nos incentiva a prosseguirmos na nossa caminhada. Pessoas como o Pastor Adilson são como Anjos que facilitam nossa caminhada, obrigado Amigo...
A secretária, Djane... Quanto carinho, respeito, dedicação... Ao lado de seu esposo Rômulo e do casal Arthur e Aline, dinamizaram o ministério da família consolidando esta atividade para que no ano de 2011, tenhamos ainda mais atividades, mais fortes, mais abençoadoras... Na secretaria, têm tido muita paciência, dedicação, carinho e compreensão. Seu carinho, respeito e envolvimento com as atividades foram imprescindíveis para lograrmos êxito neste biênio de nossa caminhada aqui nesta Igreja
À minha família: Rodrigo, Raquel, e Rosângela, pela paciência e pela compreensão. Vocês têm compreendido o significado de eu estar engajado na obra de Deus. Obrigado pela dedicação, pelo carinho e perdoam-me as ausências...
Por tudo isso, tributo a Deus Pai, Filho e ao Espírito Santo a razão de ser do meu ministério, pois sem sua bênção não aconteceria nada, e eu não seria nada. Sim, nossa caminhada missionária é resultado de sua graça e seu amor. A Ele, então, toda a honra e toda glória, hoje e sempre. Aleluia! Amém, Amém, Amém!
Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias/RJ, 05 de dezembro de 2010.

 

Rev. Renato Alves Neves

Pastor Presidente

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A ECO-TEOLOGIA E A ECOLOGIA
Pr. Renato Alves Neves
Possivelmente influenciado por esta “onda verde” que recebe uma atenção especial neste nosso período eleitoral/2010, gostaria de compartilhar uma breve reflexão sobre o assunto e apresentar uma gama de versículos que de certa forma, orienta-nos a ter uma atitude de preservação digamos, ecologicamente correta da natureza.
Considero não ser um erro afirmar que O pensamento ecológico esta muito próximo do pensamento cristão de harmonia, do ponto de vista, espiritual, físico e emocional, proporcionando um ambiente de irmandade, de relacionamentos saudáveis e amistosos e é possível ver toda a existência na Terra como uma teia interligada e interdependente. Tanto ecólogos quanto cristãos devem estar preocupados com uma vida digna para si e para seus semelhantes.
O pensamento ecológico prevê um mundo em paz, com uma justa divisão de oportunidades e de acesso aos recursos ambientais, prevê o fim da miséria. A Convenção da Biodiversidade reconhece que os países industrializados auferiram as vantagens de apropriar os recursos ambientais dos países pobres, e que agora é preciso mecanismos para reverter o quadro e elevar a participação dos países pobres na divisão.
Os principais documentos que representam o pensamento ecológico, a Carta da Terra, a Agenda 21, a Convenção da Biodiversidade e o Protocolo de Kioto (além de inúmeros outros acordos internacionais) são baseados nos mesmos princípios – de que não podemos agora degradar o meio ambiente comprometendo a qualidade de vida (ou mesmo a sobrevivência) das gerações futuras.
Também está prevista a estabilização do tamanho da população no Planeta, de forma a equilibrar o uso dos recursos naturais e a preservação do ambiente.
Chamo a sua atenção para pontuar inicialmente que qualquer discussão cristã sobre ecologia deve ser o conceito bíblico de DEUS como Criador. De acordo com Gênesis 1, o universo como um todo, e em especial a terra, agraciada com o maravilhoso dom da vida, é obra das sábias e poderosas mãos de DEUS (ver Sl 136.3-9; Pv 8.22-31). A natureza, em toda a sua complexidade e beleza, testifica sobre a grandeza e a bondade do Criador (Dt 33.13-16; Sl 104.10-24,27-30).
São muitas as passagens bíblicas, algumas de grande sensibilidade poética, que visam disciplinar, orientar como devemos nos comportar a respeito e admiração pelos encantos do mundo natural (Jó 40.15-19; Sl 65.9-13; 147.7-9,15-18; 148.1-10; Ct 2.11-13; At 14.17).
Com Jesus também vemos em seus ensinos, muitas referências à natureza para exemplificar o cuidado providente de DEUS (Mt 6.26,28; 13.31-32; Lc 12.6). Nos anúncios proféticos do novo tempo que DEUS irá criar as referências ao mundo natural ocupam um lugar de grande destaque (Is 11.6-8; Ez 47.7,12; Ap 22.1-2).
Ainda que DEUS tenha feito o ser humano como o coroamento da sua obra criadora, ele não lhe conferiu o direito de abusar da terra e de seus recursos. Fica implícita em toda a Escritura a responsabilidade humana de cuidar e guardar do “Jardim do Senhor” (Gn 2.15). O conceito de mordomia se aplica de modo especial nessa área – a terra e suas riquezas pertencem a DEUS, que as confia ao homem para que as administre com cuidado e sabedoria. O pecado humano gerou alienação em relação a DEUS e à natureza. Por isso agora a criação “geme e suporta angústias” até que seja “redimida do cativeiro da corrupção” (Rm 8.21-22). Os cristãos têm o dever inescapável de utilizar criteriosamente as coisas que DEUS criou com o propósito de dar-lhes vida, sustento e alegria.
Mas qual a responsabilidade do cristão com relação à ecologia?
Apenas para fundamentarmos a necessidade e urgência de uma crítica “cristã-teológica” com relação ao descaso com o meio ambiente citamos Gênesis 1.24-31 (NTLH)
A CRIAÇÃO DOS SERES VIVOS
21 Assim Deus criou os grandes monstros do mar, e todas as espécies de seres vivos que em grande quantidade se movem nas águas, e criou também todas as espécies de aves. E Deus viu que o que havia feito era bom.
22 Ele abençoou os seres vivos do mar e disse: —Aumentem muito em número e encham as águas dos mares! E que as aves se multipliquem na terra!
23 A noite passou, e veio a manhã. Esse foi o quinto dia.
24  Então Deus disse: —Que a terra produza todo tipo de animais: domésticos, selvagens e os que se arrastam pelo chão, cada um de acordo com a sua espécie! E assim aconteceu.
25  Deus fez os animais, cada um de acordo com a sua espécie: os animais domésticos, os selvagens e os que se arrastam pelo chão. E Deus viu que o que havia feito era bom.
26  Aí ele disse: —Agora vamos fazer os seres humanos, que serão como nós, que se parecerão conosco. Eles terão poder sobre os peixes, sobre as aves, sobre os animais domésticos e selvagens e sobre os animais que se arrastam pelo chão.
27  Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher
28  e os abençoou, dizendo: —Tenham muitos e muitos filhos; espalhem-se por toda a terra e a dominem. E tenham poder sobre os peixes do mar, sobre as aves que voam no ar e sobre os animais que se arrastam pelo chão.
29  Para vocês se alimentarem, eu lhes dou todas as plantas que produzem sementes e todas as árvores que dão frutas.
30  Mas, para todos os animais selvagens, para as aves e para os animais que se arrastam pelo chão, dou capim e verduras como alimento. E assim aconteceu.
31  E Deus viu que tudo o que havia feito era muito bom. A noite passou, e veio a manhã. Esse foi o sexto dia.
Fica óbvio neste texto sagrado, que há um propósito claro, objetivo da harmonia e do desejo de DEUS que o homem dominasse e mantivesse a terra de forma que está lhe desse o próprio sustento.
Quando há abuso dos recursos naturais, utilizando-se do eco-sistema de forma com que ele fique desequilibrado e não possa mais fornecer a manutenção da vida, a humanidade peca e em pecado, ou seja, errando o alvo, entra em desacordo com o desejo de DEUS.
Entendo que a definição mais benquista para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações.
É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende. Os crescimentos econômicos e populacionais das últimas décadas têm sido marcados por disparidades. Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial.
Consideremos três pontos:
1. A TERRA ESTÁ GEMENDO ENQUANTO A ALMA CONTINUA “BELA”: (Ec. 2.1-11)
A eco-teologia talvez seja a forma mais adequada de se fazer teologia em nosso tempo. O conceito de (eco-teologia) é relativamente novo. Surgiu nos últimos 25 anos, a partir de uma consciência de alguns teólogos, preocupados com o esgotamento dos recursos naturais, por conta da ganância humana.
Nesse sentido, a eco-teologia parece reunir subsídios convincentemente capazes de curar a visão estrábica da teologia tradicional que sempre procurou DEUS além ou fora da natureza. Isto é, sempre se preocupou com DEUS, longe, lá no céu, distante de sua criação.
Talves, nossos líderes no passado, tenham se esquecido da realidade atual e se concentraram para pregar apenas uma salvação no “outro mundo”. Isso leva o cristianismo atual a se distanciar de um importante cuidado com o eco-sistema e esta falha pode ter dado origem e de ter impulsionado um progresso com a sua atitude estúpida e suicidamente arrogante em relação ao meio ambiente.
Olhando o mesmo problema, mas focado no consumismo, a Igreja prega o Céu além da vida nesta Terra, o consumismo acena com o Céu na Terra – é o que prometem a publicidade, o turismo, o novo equipamento eletrônico, o banco, o cartão de crédito etc.
O nosso tempo moderno parece ironicamente, retroceder ao período da arte que pintava o grotesco. Há uma liturgia cúltica da (estética=beleza) (hedônica=ensina que o bem supremo da vida é o prazer) e (narcisística=encantamento com a própria beleza).  Busca-se, avidamente, a eternização do presente; multidões malham o corpo como quem sorve o elixir (efeito mágico) da juventude. Morreremos todos, porém, saudáveis e esbeltos.
De algum modo, fazemos leitura semelhante do texto de Ec 2.1-11. O autor descreve o período de sua vida em que buscava cegamente e a todo preço o “prazer da vida”. Mesmo que para isso tivesse que escravizar pessoas. O texto mostra a busca insana do prazer, e a qualquer custo. Procurou o prazer na bebida: v.3; no consumismo e na riqueza: v.4-7; na promiscuidade: v.8; na falta de amor e no individualismo: v.9-10. Infelizmente, esses ingredientes que juntos formam a base do hedonismo (prazer acima de tudo) ainda se fazem presente em nosso mundo moderno. Porém, em nosso tempo, a tecnologia chegou ao topo, com poder de agredir e explorar a terra de forma inimaginável. É por isso que não se dá para acreditar nesses tais “projetos de desenvolvimento sustentável”, até porque, quem os faz não tem interesse algum de abdicar-se do luxo e do aparato “tecnologicamente correto”. Portanto, ao meu modo de ver, a única forma para se falar de desenvolvimento sustentável a luz da Bíblia, deve ser a partir da consciência cristã de que devemos todos “frear radicalmente o nosso ímpeto consumista”. Até porque, o autor de Eclesiastes nos ensina que depois de experimentar tudo isso, chegou à conclusão de que tudo era ilusão.
2. O CRER NA PROVIDÊNCIA É MARCA CARACTERÍSTICA DA VIDA CRISTÃ: (Mt. 6.25-34)
É comum encontrar crentes em nossas igrejas que conheçam o texto de Mt 6.25-34; muitos de nós até decoram e recitam poeticamente este texto. Porém, é também comum perceber que quase todos nós temos dificuldades para aplicá-lo na prática da vida cristã. Isto é sinal de que, apesar de nossa tradição reformada, que tanto ensina sobre a providência divina, na maioria das vezes nos vemos correndo ansiosamente pelos recursos materiais. A bem da verdade nós andamos ansiosos o tempo todo porque queremos satisfazer nossos desejos de consumo. Criamos a todo momento “necessidades”, que quase sempre, são banais.
Contudo, conscientes ou não, voluntários ou não, satisfeitos ou não, teremos de rever nossa relação com o cosmos, especialmente, com a nossa casa (O Planeta Terra). O teólogo Leonardo Boff compara nosso tempo à figura de uma nave espacial em pleno vôo. Para ele, essa nave tem recursos limitados de combustível, de alimentos e de tempo de transcurso. 1% dos passageiros viaja na primeira classe com superabundância de meios de vida. 4% na classe econômica com recursos abundantes. Os 95% restantes estão juntos às bagagens no frio e na necessidade. Pouco importa a situação social e econômica dos passageiros. Todos correm ameaça de morte pelo esgotamento dos recursos da nave. Todos terão o mesmo destino dramático: ricos, remediados e pobres, caso não haja um acordo de sobrevivência para todos indistintamente. Desta vez não há uma arca de Noé que salve alguns e deixe perecer os demais.
Assim, a eco-teologia assume o caráter de urgência e contemporaneidade, sugerindo-nos a necessidade de se fazer teologia a partir de um novo modelo, ou, um novo objeto, que a rigor, deve ser a terra; ou seja, precisamos lembrar de que DEUS está presente também na natureza. Aliás, essa é exatamente a mensagem de muitos salmos, mostrando que DEUS se faz presente em toda a natureza (Sl 19). Não podemos mais, face à irrupção da morte de nossa mãe terra e consequentemente de todos nós, perpetuarmos a atitude reticente de passividade. Ou, como diz a música de Zé Geraldo: tudo isso acontecendo e eu aqui na praça, dando milho aos pombos. É tempo de decisão! Paulatinamente isso vem ocorrendo. Muitas vozes somam hoje imenso clamor, alcançando já espaços públicos com manifestações populares. Críticas e culpados ecoam por todo lado. Calcula-se que os 13 países mais industrializados produzam 80% de toda poluição mundial.
Contudo, já está superada a fase de encontrar culpados pela degradação da natureza. É verdade que os vilões da natureza são os mega-produtores de bens e serviços; mas, eles não teriam necessidade de produzir tanto se não houvesse demanda. Precisamos reconhecer que estamos todos contaminados pelo vírus do consumismo.
3. CRER NA SALVAÇÃO É CRER NA REDENÇÃO DE TODAS AS COISAS: (CL 1.13-20)
É fundamentalmente bíblico o ensino de que a salvação proposta em Jesus Cristo não visa apenas a alma humana. O texto de Cl 1.13-20 mostra claramente que a salvação em Cristo alcançará até mesmo as regiões celestiais, ou cósmicas. Outro texto do Apóstolo Paulo que evidencia esse ensino é o de Rm 8.19-23. Há ainda a profecia do Novo Céu e na Nova Terra, anunciada por Isaías 65.17-25; e ainda o mesmo sentido repetido em Ap 21.1-8. É nesse sentido que a eco-teologia encontra seu espaço em nosso tempo. O conceito bíblico-teológico da redenção se mostra como relevante objeto de releitura, na tentativa de olhar a salvação proposta em Jesus Cristo muito mais além do que salvação espiritual ou i-material. A redução moderna da salvação à bem-aventurança da alma ou à genuinidade da existência humana entregou a natureza inconscientemente à desordenada exploração. Ao anunciar o Cristo (Cósmico=que redime todas as coisas), o poder redentor não atinge apenas a mente e a moralidade humana, mas toda a natureza; do mesmo modo como a história, também a natureza é “palco da graça e espaço da redenção”.
É nesse sentido que o conceito de redenção cósmica se mostra tão atual. De uma vez por todas ele tanto destrói o doentio modelo platônico de salvação da alma apenas, quanto promove a idéia do novo Céu e da nova Terra. O fundamento absoluto de nossa fé cristã está da doutrina da morte e da ressurreição em glória, mas também corporal de Jesus.
DEUS não seria o criador de todas as coisas se não quisesse a redenção de todas as coisas. Segundo ele, a visão da redenção cósmica por meio de Cristo, portanto, não é uma especulação, mas surge de forma lógica da cristologia e da antropologia. Se faltassem esses horizontes, o DEUS de Jesus Cristo não seria criador do mundo e a redenção se tornaria mito gnóstico de ódio ao corpo e ao mundo.
Ao contrário do que muitos pensam essa releitura não significa diminuir o atributo criador e redentor de DEUS; ao contrário, é afirmá-lo ainda mais, porém, dentro de um novo espectro. Desta forma, parece-me que a tarefa mais humilde da eco-teologia deva ser a de trazer Deus de volta para a natureza; é isso que poderíamos chamar de (panenteísmo=Deus criou tudo e se faz presente em toda a sua criação); ou, a criação é o teatro da glória de DEUS. Deste modo, o olhar místico, contemplativo e admirável para a natureza, obra das mãos do criador, deve causar em nós a integração entre todas as formas de vida com o cosmos. Certamente essa atitude pacífica entre humanos e natureza, freará o nosso desejo ávido de “consumir”.
Considerações finais:
Portanto, enquanto esperamos pelo cumprimento profético do novo Céu e da nova Terra, que tal voltarmos nossos desejos para as coisas simples e prazerosas da vida ingênua? 

Pr. Renato Alves Neves
Bibliografia:
·          RUBIO, Alfonso García. Unidade na Pluralidade. São Paulo, Paulinas, 1989
·          BETO, Frei. In: Mysterium Creationis. São Paulo, Paulinas/Soter, 1999, Artigo: Espiritualidade holística
·          BOFF, Leonardo. In: Sarça Ardente. São Paulo, Paulinas/Soter, 2000, artigo: O pobre, a nova cosmologia e a libertação – como enriquecer a Teologia da Libertação.
·          BOFF, Leonardo. ECOLOGIA, grito da terra, grito dos pobres. São Paulo, Ática, 1995
·          MOLTMANN, J. O Caminho de Jesus Cristo. Petrópolis, Vozes, 1994