TEM MENSAGEM PRÁ VOCÊ
Segunda-feira, 5 de abril de 2010
No caminho de Emaús
Leitura do dia: Lucas 24.13-35
"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo." (Apocalipse 3:20)
Já haviam passados três dias desde que Cristo fora morto. Dois discípulos caminhavam tristes pelo caminho que leva de Jerusalém até a aldeia de Emaús. Lucas relata que eles haviam saído de Jerusalém de dia e que a aldeia de Emaús distava sessenta estádios da cidade de Daví.
Caminhavam amargurados pela morte do Mestre, tão poderoso em obras que eles o julgaram o Salvador de Israel. Mas Ele morrera de morte ignominiosa. Não dava prá entender este trágico acontecimento, porém seus milagres estavam na memória.
Haviam tomado conhecimento de algumas mulheres, naquele mesmo primeiro dia da semana, tinham ido ao sepulcro e o encontraram vazio. Sabiam também que uma delas dissera ter visto o Senhor vivo e que alguns apóstolos asseveravam o mesmo. Mas... Eles estavam abalados, e esta perturbação lhes tirara a paz. Por isso saíam eles de Jerusalém. Sair de Jerusalém, a cidade da paz, significa exatamente isto: abandonar o local onde reside a paz.
Caminhavam para Emaús, palavra que significa desejo de conselho. E bem faziam eles, pois para quem perdeu a paz, deveriam buscar conselho.
Naquela caminhada de desesperança, não poderiam imaginar que Cristo estava com eles, era dia e eles não o reconheceram, porque os seus olhos estavam como que fechados, seus pensamentos estavam condicionados ao episódio da morte, esqueceram que Jesus prometeu que ressuscitaria... Era dia claro, eles olhavam a “Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", mas não viam. Não viam o Mestre ressuscitado que eles buscavam. Explica o evangelista que seus olhos estavam "como que" fechados. Não diz que estavam fechados. Não diz que estavam propositadamente cerrados, como aconteceu com os fariseus que foram "cegos ao meio dia".
Foi então quando Cristo perguntou aos dois discípulos que conversas eram aquelas, o que tinha acontecido? Ao que um deles, de nome Cléofas, respondeu surpreso: "Só tu és forasteiro em Jerusalém, e não sabes o que ali tem se passado estes dias?”
De fato, só Cristo foi tido como estrangeiro em Jerusalém. "Ele veio para o que era seu e os seus não o receberam". E Ele foi morto fora da cidade, como o Cordeiro expiatório era morto fora do acampamento. E os dois disseram então que vinham conversando "sobre Jesus, Nazareno, que foi um varão profeta, poderoso em obras e em palavras diante de Deus e de todo o povo"...
Tiveram eles ainda a insensatez de expor a Jesus - a quem não haviam ainda reconhecido - sua decepção: "Nós esperávamos que ele fosse o que havia de resgatar Israel..." E é já o terceiro dia..."
Lembram então que, na verdade, algumas mulheres afirmaram ter visto um anjo que lhes dissera que o Senhor estava vivo, o que os espantara... E mesmo que alguns dos Apóstolos tinham ido ao sepulcro, encontrando-o vazio... Mas...
Ao ouvir estas palavras, Jesus exclamou, repreendendo-os como " néscios e tardos de coração". Néscios, por não compreender o que haviam dito os Profetas e se realizara em Cristo. Eles haviam lido, relido e meditado as Escrituras. Haviam presenciado o que as profecias anunciaram. Haviam escutado falar a Sabedoria. Tinham se maravilhado com as suas maravilhas e com os seus milagres. Tinham visto o Verbo feito carne, cheio de graça e de verdade, ressuscitando os mortos, fazendo os cegos verem e os mudos falarem, calando os fariseus e fazendo cessar os ventos, e custavam a compreender. Néscios, por não entender. Tardos de coração, por custar a aceitar. De que adiantara ler a Bíblia, se não a entendiam, nem quando viam sua realização?
Então o forasteiro lhes explicou como em Cristo se realizara tudo o que Moisés e os profetas haviam anunciado. E ouvindo suas palavras seus corações se abrasavam de amor e de entusiasmo. Mas ainda mantiveram os olhos "como que fechados".
Haviam já chegado perto de Emaús e o “Forasteiro”, que batera à porta de seus corações, prosseguiria seu caminho. Eles então o convidaram a cear com eles: Fica conosco. E Ele entrou e ceou com eles. Porque, mais tarde, Ele dirá aos fiéis, em sua Revelação: "Eis que estou à porta de teu coração e bato. Se alguém ouvir a minha voz, e me abrir a porta, entrarei nele e cearei com ele e ele comigo." (Apoc. 3:20).
Eles foram gratos para com aquele que lhes inflamara o coração; exerceram amor para com um “Forasteiro” e seu amor fora premiado.
Quando o “Forasteiro” partiu o pão e deu a eles, seus olhos se abriram e reconheceram a Cristo. E Jesus desapareceu. Quando tinham os olhos como que fechados, eles não o viram. Quando abriram os olhos, não o viram mais.
Cheios de alegria e plenos de paz, os discípulos de Emaús voltaram às pressas a Jerusalém, onde encontraram os Apóstolos jubilosos dizendo que o Senhor estava vivo. Narraram então o que lhes sucedera, "e como o tinham reconhecido ao partir do pão".
Pois o melhor modo de reconhecer Jesus é ouvir sua Palavra e assistir o "partir do pão", como quem parte sua própria vida em nosso favor...
ORAÇÃO:
DEUS, Obrigado por Sua Preciosa companhia, Tu sempre estas conosco... Ensina-nos a ter a sensibilidade de poder Te perceber e de em todos os momentos de nossa vida lembrar das Promessas feitas a nós e então, confiarmos inteiramente em Ti... Em Nome de Jesus Cristo, Amém!
PENSAMENTO DO DIA:
O melhor modo de reconhecer Jesus é ouvir sua Palavra e assistir o "partir do pão", como quem parte sua própria vida em nosso favor...
